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A exposição “Ar no Mar - As aves do oceano profundo” procura introduzir estas fascinantes aves, apresentar a sua diversidade e desvendar a ecologia que lhes garante destaque entre as suas parentes (mais) terrestres. Numa viagem pelos oceanos que apela aos sentidos, descobrimos as suas curiosas adaptações ao estilo de vida em terra e no mar, as espécies em risco de extinção e nos fatores que ameaçam estes organismos tão importantes para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.
As aves marinhas são um dos grupos mais ameaçados de extinção a nível global, com cerca de um terço das espécies classificadas como “vulneráveis”, “em perigo” ou “criticamente em perigo” na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. Portugal alberga várias dezenas de espécies de aves marinhas e costeiras, algumas das quais de estatuto de conservação desfavorável. Para além das espécies que nidificam em Portugal, várias dezenas de outras espécies ocorrem na nossa costa e/ou sobrevoam as nossas águas durante as suas migrações, algumas delas ficando por vários meses de inverno, outras atravessando de e para zonas de invernada mais a sul. Destacam-se, pela sua abundância na nossa costa, em alguns casos valores de importância mundial, espécies como o Alcatraz Morus bassanus, a Pardela-balear Puffinus mauretanicus (criticamente ameaçada de extinção), a Negrola Melanitta nigra, o Garajau-de-bico-preto Thalasseus sandvicensis e o Alcaide Catharacta skua.
Depois da sua exibição no Museu Nacional de História Natural e da Ciência em 2022, a exposição chega agora à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A inauguração decorre na quarta-feira, 20 de março, pelas 16h30, no átrio do edifício C6, e contará com uma visita orientada pelas investigadoras CE3C Maria Dias e Mónica Silva, coordenadoras da exposição, a par de Patrícia Garcia-Pereira (CE3C) e Cristina Luís, investigadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia.
A exposição é um dos resutlados do projeto “OCEANTREE – Mechanisms of reproductive allochrony in endemic Portuguese seabirds: implications for population divergence and response to climate change” (PTDC/BIA-EVL/28565/2017), e conta com o apoio do CE3C (UIDB/00329/2020, DOI 10.54499/UIDB/00329/2020).
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