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Nos 50 anos do nosso regime democrático, a inovação dita o propósito dos DEM-Labs ou Laboratórios de Democracia - encontros desenhados para dar força às pessoas para influenciar as políticas públicas. Sob a forma de dois encontros, os Dem-Labs decorrem nos dias 10 e 11 de maio, na Casa do Impacto, em Lisboa – organizados pela equipa INCITE-DEM, liderada pela portuguesa Inês Campos, investigadora do CE3C – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

David Lamas, professor da Escola de Tecnologias Digitais da Universidade de Talín e líder da equipa que desenhou os Laboratórios de Democracia, define-os como “espaços para encontrar sentido e desenhar soluções para o futuro da democracia” e como um “ambiente seguro e colaborativo onde as pessoas se encontram para trabalhar em prol da democracia”. Juntando um grupo de pessoas que engloba cidadãos, sociedade civil e representantes políticos de diferentes sensibilidades, idades e níveis de educação, procura-se em conjunto co-criar soluções capazes de melhorar o sistema democrático e as políticas públicas - mecanismos transparentes de escuta, de integração de soluções e acompanhamento cidadão à governação.

Por muitos serem raramente chamados para a discussão política, os participantes são guiados por facilitadores experientes em metodologias participativas clássicas e inovadoras de base científica, direcionadas para soluções com impacto e validadas por este diálogo. Dos DEM-Labs resultam narrativas, vídeos e imagens das soluções e dos cenários co-criados, discussões mais críticas e aprofundadas sobre o futuro da democracia.

Os DEM-Labs representam uma mudança fundamental na forma como abordamos a democracia.

Com as eleições europeias de junho no seu pensamento, Inês Campos revela que “são muitas as pessoas que sentem um desencanto com as estruturas democráticas tradicionais” e, também por isso, “a polarização política alastra na Europa”. “Os DEM-Labs representam uma mudança fundamental na forma como abordamos a democracia”, defende a investigadora, sobretudo, por trazerem a ideia de “cada pessoa pode intervir na tomada de decisão em cada área que afeta a sua vida e a nossa democracia, de uma forma mais inclusiva”.

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