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O Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa, Professor Luís Ferreira, foi o anfitrião da cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação pioneiro entre o cE3c, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a FCiências.ID – Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências e a empresa dinamarquesa Copenhagen Infrastructure Partners que visa a investigação e mitigação dos possíveis impactes da exploração eólica offshore ao largo da Figueira da Foz.

O estudo estará a cargo do cE3c, fazendo uso das suas reconhecidas valências científicas na conservação dos valores naturais das zonas costeiras, quer em terra, nos ecossistemas dunares, quer no ar, na investigação acerca da ecologia e ameaças que incidem sobre as aves marinhas.

Recentemente, em resposta à divulgação de um relatório do governo com as áreas propostas para o desenvolvimento da energia eólica offshore, uma equipa de cientistas do cE3c, em colaboração com colegas do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar e do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, ambos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, efetuaram uma análise preliminar dos dados atualmente disponíveis, a fim de evitar e minimizar o impacto das novas infraestruturas nas aves marinhas. O protocolo agora assinado irá assim permitir prestar o apoio necessários à avaliação, mitigação e inovação para o desenvolvimento sustentável de sistemas costeiros e dunares, bem como da biodiversidade que lhes está associada.

Para Cristina Máguas, investigadora coordenadora do cE3c, este protocolo e as ações que lhe são subjacentes permitirão “atribuir um carácter de pioneirismo ao estudo dos efeitos da exploração eólica offshore na interface terra-ar a nível nacional”. A especialista em sistemas dunares acrescenta ainda que “é muito importante integrar as visões e as missões das várias entidades que procuram enfrentar as várias crises que atravessamos: a crise energética e climática e a crise da perda da biodiversidade, compatibilizando as soluções, rumo a um futuro verdadeiramente sustentável”.

A Copenhagen Infrastructure Partners é hoje o maior fundo de investimento do mundo no domínio das energias renováveis. Este protocolo surge em articulação com o conhecido projeto “Nortada”, anunciado em fevereiro deste ano por Afonso César Machado, Diretor de Mercado da COP (Copenhagen Offshore Partners) para Portugal. “Por reconhecermos a excelência da investigação científica feita em Portugal e o valor dos investigadores e cientistas portugueses, consideramos que é fundamental envolvê-los no desenvolvimento dos projetos. Esta é uma prioridade à qual pretendemos dar continuidade, durante todas as fases dos projetos", refere o empresário. O projeto Nortada é um dos mais ambiciosos no contexto nacional, com um investimento previsto na ordem dos 8 mil milhões de euros para o desenvolvimento do parque eólico offshore da Figueira da Foz, que irá produzir 2 gigawatts (GW) e gerar um considerável contributo socioeconómico para a região. O objetivo é que entre em funcionamento até 2030.

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